Quem curte festivais não pode perder o Ozora, um paraíso para culturas alternativas e amantes da psicodelia
Conheça o Ozora: Um dos maiores festivais de culturas alternativas do mundo
O Ozora é um dos maiores festivais de culturas alternativos do mundo. Com um público de mais ou menos 30 mil pessoas, o festival acontece todo ano na cidade de Dádpuszta no interior da Húngria. O Ozora foi meu primeiro festival de culturas alternativas fora do Brasil, e eu fiquei totalmente chocada com os pequenos detalhes. Nesse post vou contar para vocês mais sobre o festival, minhas experiências no Ozora e dicas para quem está indo para o festival pela primeira vez.
Como foi minha experiência no Ozora festival de culturas alternativas
Embarquei em um trem de Budapeste para Dádpuszta. De lá, alguns ônibus levam os viajantes para o festival por 5€. Ao chegar no portão do Ozora, além da pulseira da festa, os viajantes ganham um saco de lixo e uma bituqueira. A preocupação com o meio ambiente é muito grande na Europa, e em um festival como esse não seria diferente. Não havia lixo no chão, diversas lixeiras estavam espalhadas pelo espaço, inclusive lixeiras de coleta seletiva- para separar metal, papel, plástico e lixo orgânico.
A decoração impecável estava sempre em harmonia com a geometria sagrada. A preocupação também ia além da estética: vários espaços com sombra foram montados para as pessoas se protegerem do sol. Lá faz um sol fortíssimo, a poeira e o clima seco pedem muita sombra e água fresca. O que lá, é de graça. Centenas de torneiras com água potável estão espalhadas pelo festival.
O festival de culturas alternativas tem diversos banheiros secos ( sem água, são buracos na terra com serragem como "descarga") feitos com bioconstrucao. Os banheiros sao bem limpos e bem feitos, esse foi um dos pontos altos do festival.
Além da pista principal de dança, o Ozora tem outras pistas como o Chill Out, um espaço com músicas de batidas mais baixas e boa para relaxar ou dançar tranquilamente, em harmonia com o espaço. Outras áreas dos festivais são: tenda de cura, área de palestras e workshop, galeria de arte e espaço de apresentações, como pinturas corporais e malabarismo com fogo.
A pista principal não abre na primeira noite do dia, então da tempo de todo mundo chegar, arrumar as barracas e ficar na expectativa da abertura do Main Floor, o que é sempre um grande espetáculo.
Arte e oficinas no Ozora
Um festival de culturas alternativas vai muito além da música, por isso existem outras áreas como tenda de cura, rituais e palestras. Uma coisa que me chamou atenção foi o nível de qualidade dos workshops (oficinas de artesanato) do Ozora. Em uma casa, artistas incríveis compartilhavam um pouco do seu conhecimento com o público. Workshop de cerâmica, tie dye, filtro dos sonhos, roupa reciclável, trabalho em couro- as opções eram infinitas.
No fogo do conhecimento, um ritual que ocorre em volta da fogueira, acontecem algumas discussões. Eu participei de uma reflexão sobre a má distribuição da comida e gostei muito das idéias trocadas entre pessoas com perspectivas tão diferentes, mas com a mesma vontade de ouvir, aprender e compartilhar.
A arte estava por todos os lados, em uma espécie de exposição-piramide era possível entrar na psicodelia da arte e apreciar a vista de cima da pista principal do Ozora. Viver o Ozora para mim foi muito especial, foi viver um mundo paralelo, uma sociedade tão linda e tão viva.
Dicas para curtir o Ozora
Se você está indo para o Ozora ou para um festival de culturas alternativas pela primeira vez e tá meio perdido, fique tranquilo! O Ozora é um festival de fácil acesso de transporte público e muito organizado. Caso esqueça alguma coisa, tem um mercadinho dentro do festival!
Mas lembre-se de:
Levar roupas frescas para o calor de dia e, casacos quentinhos para a noite, que pode ser bem fria!
Claro que também não pode faltar protetor solar.
Garrafas térmicas também podem salvar!
A moeda oficial da Hungria é Forint, apesar de algumas barracas de alimentação aceitarem Euro, é melhor ter a moeda local.
Dica extra: Se for ao Ozora, vá ao labirinto.
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