Por Maria Fernanda Romero
Um pouco da história de Budapeste e do leste Europeu
A Bácia dos Cárpatos foi construída pelo Império Avaro e dominada pelo Império Romano. Em 896 o príncipe Árpád conquistou a região e deu início a monarquia Húngara. A cultura húngaro sofre influência tanto do leste europeu quanto do ocidente. O idioma, que é muito diferente da língua dos países vizinhos, tem parentesco com o finlandês. A arquitetura gótica predomina nas construções e até hoje as ruas de Budapeste te levam à um passeio na Idade Média.
Durante as guerras medievais, o Estado húngaro sofreu diversos ataques que quase destruíram totalmente o país, entretanto o maior inimigo da nação surgiu no século XV, o Império Turco Otomano.
Por muito tempo foi possível combater o inimigo, entretanto em 1526 os turcos venceram os húngaros e em 1541 o país foi dividido e controlado pela família Habsburgo, tradicional família austríaca, e pelo Império Turco Otomano. Uma terceira parte permaneceu no reino da Hungria. Durante quase dois séculos a capital Húngara, Buda, permaneceu sob o controle Turco.
Depois de um período de calmaria e reunificação do reino, em 15 de março de 1848 Lajos Kossuth liderou uma revolução que buscava a independência total do Império Austríaco, mas uma vez que os russos estavam do lado Habsburgo, A Hungria foi derrotada mais uma vez. Ferenc Deák foi o líder hungaro responsável pelo acordo de 1867, que marcou o surgimento do Império Austro-Húngaro.
Durante a Primeira Guerra Mundial o Império Austro-Húngaro, derrotado, perdeu território. Em 1919 líderes comunistas impuseram um regime, que não permaneceu por muito tempo. Na Segunda Guerra Mundial, liderada por um governo de direita, a Hungria se aliou a Alemanha. Uma vez mais derrotada, o país no permaneceu sob o comando da URSS até a o fim do comunismo no leste europeu.
O que fazer em Budapeste
A cidade é cortada pelo rio Danúbio: De um lado fica Buda, de outro Peste. Uma caminha pelo rio, assim como as pontes que conectam a cidade, já são um passeio espetacular por si só, mas tem outros pontos turísticos de Budapeste que valem a pena conferir.
Buda é a cidade alta, situada à margem esquerda do rio. Na parte alta de Budapeste está o Bastião dos Pescadores, a Igreja Matthias e a Capela de São Miguel, um dos pontos mais lindos da cidade. Descendo para o rio Danúbio você encontra a Estátua da Liberdade de Budapeste e atravessando a Ponte da Liberdade, encontrará o Parlamento de Budapeste.
Em Peste recomendo começar o passeio pelo Parque da Cidade. A redondeza do Parque da Cidade é tranquila e arborizada. Perto do parque está situada a Praça dos Heróis, onde tem estátuas de figuras marcantes para a história da Hungria.
A Avenida Andrássy, uma longa avenida movimentada com comércios e onde está situada a Casa do Terror e a Ópera Nacional, liga a Praça dos Heróis ao centro de Peste. A Casa do Terror relembra as mortes causadas tanto pelos nazistas, quanto pelos comunistas.
Budapeste também tem uma vida noturna agitada, além de passeios alcoólicos como o "bier bike" que consiste em pedalar enquanto toma uma cerveja. Outra dica de bar é o Szimpla. O bairro judeu também oferece muitas opções de bares e baladas.
Budapeste também é conhecido pelas termas que estão boas para banho até nos mais rigorosos invernos do leste europeu. Uma dica para curtir essa experiência é a terma
Gellért Gyógyfürdő, uma das mais famosas da cidade.
Roteiro Personalizado em Budapeste
Em Budapeste e muitas outras cidades europeias existe o "free walking tour", que como o nome já diz, consiste em um tour gratuito pela cidade. A vantagem é conhecer os principais pontos da cidade com um guia local que pode te explicar histórias e curiosidade que dificilmente um turista notaria sozinho. Além disso, é uma forma de incentivar a cultura e história local. Apesar de ser gratuito é aconselhável dar uma caixinha no final do tour para o seu guia.
Se você tem interesse em fazer um roteiro personalizado em Budapeste, entre em contato comigo! Te ajudo a planejar uma viagem de acordo com as suas necessidades e dentro do seu orçamento.
Minha história com Budapeste
Budapeste foi a minha primeira cidade ao leste europeu no meu primeiro mochilão pela Europa em 2016. Conheci muitas pessoas de diferentes lugares do mundo, peguei meu primeiro Couchsurfing e fui com meus novos amigos para um festival de culturas alternativas chamado Ozora. A conexão foi tão intensa, que tatuei "Viva" em húngaro no meu braço.
Depois desse mochilão eu decidi sair de São Paulo e viver outras coisas na minha vida. Budapeste foi com certeza essencial para esse processo e, apesar de ser um país polêmico na questão dos direitos humanos e mais conservador em algumas pautas como casamento entre pessoas do mesmo sexo, eu senti uma extrema liberdade na capital da Húngria.
Budapeste é história em cada escada de ferro, parede desbotada, é uma cidade que conversa e cativa.
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