O que fazer em Lisboa em 3 Dias: Roteiro Completo e o Lado Brasileiro de Portugal
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- há 1 dia
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Lisboa, desorganizada e perfeitinha. Ruas estreitas, beira-mar e beira-rio, sinais confusos, transporte público meio caótico e funcionários públicos que raramente parecem dispostos a ajudar.

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Quanto mais volto para Lisboa, mais tenho certeza: o Brasil e Portugal dividem a mesma alma. Lisboa tem o caos do Rio, o charme do interior, o improviso brasileiro — e até a sua própria versão do Cristo. Nesse texto você vai saber o que fazer em Lisboa em 3 dias bem aproveitados e com muita imersão.
O que fazer em Lisboa em 3 dias
Quanto tempo ficar em Lisboa? Lisboa precisa de uns 3 dias para ser conhecida e seus arredores, Sintra e Cascais, também merecem alguns dias para uma visita. O primeiro dia em Lisboa pode ser dedicado ao centro histórico, começando na praça do Comércio que fica na beira do rio Tejo e tem uma vista linda para a ponte 25 de Abril.
Dia 1 em Lisboa: Centro Histórico, Baixa, Alfama e Castelo
Praça do Comércio e Rua Augusta
A Praça do Comércio, à beira do rio Tejo, é o cartão-postal que abre tua rota. Ao atravessar o Arco da Augusta, você entra na Baixa, área cheia de lojas, restaurantes turísticos e movimento o dia inteiro.
Ali perto está o Elevador de Santa Justa, bonito para ver, mas sinceramente? Não é imperdível. Vale a foto, vale a passagem — e segue.
Rossio e a joia escondida: Casa do Alentejo
O que mais amo no Rossio é a Casa do Alentejo. Antigas “embaixadas regionais” de Portugal, hoje é espaço cultural com saraus, filmes, exposições, fotografia e gastronomia típica. Ali dentro você se sente em outro século.

Mouraria: fado, ginjinha e comida boa
O bairro Mouraria é um bairro típico português. Lá é possível assistir o fado, ver e beber em tabernas a ginjinha, típica cachaça portuguesa feita com uma variação da nossa cereja. É possível também comer comida típica e barata.
Fui ao restaurante “O Triguerinho” e achei o custo benefício excelente, além da porção ser bem servida.
Alfama: a alma histórica de Lisboa
Ao lado da Mouraria está Alfama, o bairro mais antigo e fotogênico da cidade. Ruas estreitas, portas pequenas, bonde e a Catedral da Sé caracterizam esse bairro. Assim como grande parte de Lisboa, colorida. As casas e os bondes amarelos em contraste com o azul do mar e do rio. Aqui fica a Catedral da Sé, do século XII, a mais antiga de Lisboa.
A visita ao claustro e ao tesouro custa 2,50€.

Miradouros: Lisboa vista de cima
Lisboa tem mais de 20 miradouros. Em Alfama, o Miradouro das Portas do Sol é o mais simbólico — perfeito para ver o pôr do sol e sentir a cidade pulsar.
Catedral da Sé, Augusta, cachaça. As semelhanças com o Brasil estão por toda parte, mas isso não é nem o começo! A cidade tem mais de 20 miradouros com vistas incríveis.
Castelo de São Jorge
Subindo ainda mais por Alfama fica o Castelo de São Jorge que foi restaurado após o terremoto que destruiu praticamente toda a cidade em 1755. O castelo fica aberto das 9h às 18h, no inverno e até às 21h no verão. A entrada custa 8,50 euros. Estudantes, crianças e idosos têm desconto.
Dia 2 em Lisboa: Cais do Sodré, Chiado e Bairro Alto
Cais do Sodré e Time Out Market
O Cais do Sodré é ótimo para descansar, ver o rio, tomar um café e respirar a cidade. Ali perto fica o Time Out Market, com comidas maravilhosas — e preços mais altos, porque virou ponto gourmet.
Chiado e Bairro Alto
Subindo as ladeiras até o Chiado, você encontra cafés históricos, literatura, a Rua Garrett e aquela vibe boêmia que lembra o Rio antigo.O Miradouro de Santa Catarina, ali perto, é outro clássico.
O Bairro Alto, vizinho dali, é a vida noturna barata, as cervejas acessíveis e o caos alegre que mulheres que viajam sozinhas adoram — porque tudo acontece na rua.

Dia 3 em Lisboa: Belém, monumentos e história
Belém é afastado do centro, mas obrigatório.
Padrão dos Descobrimentos
As caravelas do descobrimento conduzidas Pedro Álvares Cabral, assim como as de Vasco da Gama saíram de Belém. Por isso, lá fica o Padrão dos Descobrimentos, um monumento em forma de caravela. No chão tem um mapa-múndi destacando todos os lugares que foram colônias portuguesas. Lá está destacada, por exemplo, a cidade Cananéia como primeira cidade do Brasil.
Torre de Belém
A Torre de Belém, que na verdade era um forte está logo ao lado. Hoje um patrimônio Cultural da Unesco. A torre também serviu para coroa portuguesa guardar suas riquezas. A visita custa 10 euros, mas é possível comprar um ingresso que dá direito a uma visita a ela ao Mosteiro do Jerónimos e ao Museu de Arqueologia por 21 euros.

Mosteiro dos Jerônimos
Dentro do Mosteiro dos Jerônimos, uma construção que demorou quase um século para ficar pronta, fica a Igreja de Santa Maria de Belém, uma das mais bonitas que eu já vi na Europa. Ela é muito ampla e seus vitrais coloridos iluminam a Igreja deixando-a mais clara que o tradicional. Lá dentro do mosteiro estão também os túmulos de Vasco da Gama e de Fernando Pessoa, um dos maiores, quiçá o maior poeta português. Ler sua poesia é uma forma de entender e sentir o que foi Lisboa no passado.
Museus de Belém
No bairro de Belém também estão os museus dos Coches, de Arqueologia e de Marinha, entre outros.
Atenção: quase nenhum museu abre às segundas. Portugal também tem seu “dia morto”.
Pastéis de Belém
É de Belém também que vêm os famosos pastéis de Belém. Precisamente, foi na Antiga Confeitaria de Belém que foi inventada a receita secreta das freiras, mas as outras confeitarias de Belém também oferecem o pastel por um preço mais em conta. Em Belém também é possível comer um arroz com bacalhau bem gostoso.
O segredo é pedir dicas de restaurantes para os moradores e para os donos de comércio, por exemplo.

Comer e se locomover em Lisboa
A mobilidade pode ser confusa: trens (comboio), metrô, ônibus, bondes…Para horários e rotas, use: App Via Verde e o Site da CP (Comboios de Portugal)
Conclusão: Se Lisboa não te lembrou o Brasil, você precisa ir conhecer pessoalmente agora
Lisboa é desorganizada e perfeita, caótica e charmosa. Tem poesia, miradouros, azulejos, comida boa, transporte complicado e aquela sensação de que você já esteve ali antes.
Se esse post não te fez lembrar do Brasil, talvez seja hora de arrumar as malas e sentir, com os próprios pés, o lado brasileiro de Portugal.
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